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Foto do escritorTamires Reis

Incidência e prevalência de lesões musculoesqueléticas no ballet



Um estudo de 2015 revelou qual a incidência e prevalência de lesões na dança, através de uma revisão sistemática que contou com a análise de mais de 1000 bailarinos amadores e 900 bailarinos profissionais. A média de idade foi de 16 anos entre os amadores e 27 anos entre os profissionais.


A revisão contou com a análise de 21 artigos escritos ente 1984 e 2014. Confira abaixo um pouco sobre essas reflexões.


Em relação a prevalência de dor, ou seja, onde os bailarinos mais alegam sentir dor, os estudos indicaram que as regiões mais afetadas são:

- Lombar

- Região patelofemoral (joelho)

- Quadril


E sobre lesões, as mais comuns em bailarinos são:


JOELHO

- Lesão de ligamento colateral medial

- LCA – Ligamento Cruzado Anterior

- Menisco

- Síndrome da dor patelofemoral

- Síndrome do Trato Iliotibial


QUADRIL

- Lesão do Labrum do Acetábulo

- Distensão de posterior de coxa

- Síndrome do Piriforme


TORNOZELO E PÉ

- Entorse do tornozelo

- Fascite plantar

- Canelite


LOMBAR

- Distensão Lombar

- Espondiólise

- Hérnia de Disco

- Protusão discal


Em relação a incidência de lesão, ou seja, a quantidade de lesões que o bailarino acumula ao longo da carreira, os estudos mostram que a cada 1000 horas de ensaio, 1 lesão pode ocorrer em um bailarino. Ou seja, se um bailarino ensaia/faz aula cerca de 4 horas diárias por 6x na semana, ele terá pelo menos 1 lesão a cada 11 meses. Agora se um bailarino ensaia por cerca de 6 horas diárias por 6x na semana, a probabilidade de se machucar, cai para 7 meses. E a cada 1000 bailarinos, cerca de 900 se machucam.


Agora, imagina se uma dessas lesões for grave e ele precisa parar de dançar por um tempo?

O estudo conta também que, a característica das lesões, são em cerca de 70% por conta de uso excessivo, ou comumente chamado de overuse.


O overuse acontece por conta de movimentos repetitivos musculares que não possuem tempo hábil para se recuperam por completo. Caso não for dado o devido descanso entre sessões/aulas/ensaios, os danos musculares acabam se acumulando e a longo prazo, os músculos e articulações vão enfraquecendo gerando além de lesões por esforço repetitivo como também fraturas por estresse.


Por fim, o artigo relata que o bailarino precisa rever a quantidade de horas trabalhadas, bem como consultar profissionais de saúde para garantir a manutenção e prevenção destas lesões.

Ou seja, treinos complementares e preparação física se mostra eficiente e primordial na saúde de um bailarino, seja ele amador ou profissional.


Você pode consultar o artigo na íntegra clicando AQUI


Ass: Tamires Reis

Profissional de Educação Física - Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

CREF: 154495- G/SP / DRT: 34.021


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