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  • Foto do escritorTamires Reis

Competitividade na dança. O esporte potencializa a rivalidade?


Muita gente não conhece o conceito de Fair Play. Foi bem difundido no futebol e norteia bastante nos Jogos Olímpicos e na minha opinião, poderia reverter a toxicidade dos nossos festivais. Fair Play (“jogo limpo”) consiste em uma filosofia adotada pelo esporte que prioriza a conduta ética, ou seja, o atleta deve jogar de maneira JUSTA, sem prejudicar o adversário propositalmente estabelecendo um clima amistoso que as regras por si só não conseguiriam controlar. Esse é a chave para que os atletas consigam competir com seus rivais, mas que ainda sim constroem uma amizade sem que isso reflita no lado pessoal. E quando falo de Fair Play na dança, é sobre saber competir em festivais sem que isso seja levado para o lado pessoal, como vemos sempre naqueles filmes e séries estereotipados. Quando um esporte é regulamentado (e não estou dizendo engessado que fique bem claro), ele equaliza conceitos avaliativos para que não haja injustiça ou avaliações subjetivas demais que a gente sabe que acontece na dança e nos festivais por aí. Muitos bailarinos não gostam dos festivais por esse espirito de rivalidade, mas ao meu ver, e baseado no que eu vivi dentro do meu período, essa rivalidade é construída pelo próprio mundo da dança quando elitiza os festivais (cobrando valores que muitas escolas não conseguem pagar) ou quando estabelecem critérios de avaliação vagos para os jurados e aí cada um avalia o que acha melhor para si. A dança PODERIA (e não estou aqui para impor nada) abraçar mais alguns conceitos esportivos, não para excluir a arte, mas para clarear as coisas, estabelecendo o que pode ser considerado mais técnico (como executar uma variação de forma clara) mas também clareando conceitos artísticos para que não fique subjetivo demais ou injusto. E posso afirmar que existem jurado que viajam na batatinha quando colocam no festival “linda coreografia, mas a música não condiz” ou quando escrevem “linda expressão da bailarina, mas as coxas muito grossas”. Na minha visão, tudo isso poderia ser melhor explorado se fosse unificado de alguma forma. O que vc acha disso?


Profissional de Educação Física - Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

CREF: 154495- G/SP / DRT: 34.021

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