Tem muito vídeo por ai das russas meeegas rasgadas com um en dehor invejável e muitas pessoas sempre me mandam no direct perguntando se está bom, se está certo..
Mas vocês já pensaram na implicação de ser hiper móvel? De ter hiperextensão generalizada?
O estudo intitulado “Generalized joint hypermobility, scoliosis, patellofemoral pain, and physical abilities in young dancers” lançado agora em Fevereiro de 2021 conta a implicação da hipermobilidade generalizada na dança.
Foram analisadas 130 bailarinas entre 12 e 14 anos e apesar da facilidade estética, foi mostrado que elas têm estão propensas a ter menor massa muscular e consequentemente menos força, possuem desequilíbrio postural que afeta a propriocepção (equilíbrio) e maior propensão em dor femoropatelar, ou seja, dor no joelho.
Sendo assim, quem possui essa hiperextensão generalizada, ao invés de buscar mais exercícios de flexibilidade, mobilidade e rasgação, é extremamente necessário que o treino de força seja colocado na rotina para a manutenção da postura, equilíbrio entre musculaturas e suporte para a articulação.
Ou seja, por mais lindo que seja ver essa galera rasgada e alienígena, se não há um equilíbrio de forças, esses jovens podem sofrer sérias lesões e podem carregar várias cirurgias ao longo da carreira.
Então fica aqui o questionamento para vocês, vocês preferem ter linhas extraordinárias, mas várias lesões e dores recorrentes, ou força muscular, destreza técnica e uma carreira na dança mais longa?
Não vou mentir que é bonito, mas além do bonito, precisa ser funcional e saudável!
Profissional de Educação Física - Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
CREF: 154495- G/SP / DRT: 34.021
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