Dentro do ambiente do ballet clássico, principalmente as mulheres, sofrem uma pressão estética que vai desde a aceitação ao corpo até o julgamento e autocrítica, só que por mais que estes pensamento apareçam para uma grande maioria das bailarinas, nem todas estão buscando o mesmo objetivo e é sobre isso que devemos colocar em pauta para os professores. Felizmente, eu já tive oportunidade de dar aulas de ballet para diversas faixas etárias, mas foi quando comecei a dar aulas no Projeto de Extensão Spartacus pela Universidade Federal de São Paulo que entendi o sentido e o valor que o ballet adulto tem para as mulheres. Através do Spartacus, notei que nem todas as meninas querem ser a PRIMA BALLERINA e que depois de uma certa idade, o simples "fazer um plié" já supre uma necessidade emocional e física muito grande. Mas assim como qualquer bailarino - independentemente da idade, chega um momento que é preciso buscar mais, e tenho notado que a procura por cursos avançados no ballet adulto tem crescido bastante e precisamos falar sobre inclusão. Quantos cursos avançados de ballet adulto você vê por aí que o foco não é alta performance? Quais festivais vemos por aí categorias de ballet adulto em que a bailarina possa realizar uma variação sem ser julgada? Professores e mestres precisam entender que a formação do ballet clássico hoje em dia está muito além das escolas que começam na infância e que temos muitas mulheres com sonhos de fazer ballet e dançar para elas mesmas, sem intenção de profissionalização, mas que querem qualidade e cuidado tanto quanto uma formanda... O que você acha sobre isso? E qual seria o primeiro passo para integralizar esse novo cenário?
Ass: Tamires Reis
Profissional de Educação Física - Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
CREF: 154495- G/SP / DRT: 34.021
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