Lendo uma matéria na revista Dance Magazine (inclusive indico demais e queria tanto que ela fosse traduzida pro Brasil) li uma frase que me chamou muito a atenção e reforçou um pensamento que já venho levantando comigo mesmo quanto bailarina.
A revista comenta que uma escola recusou uma aluna a fazer PDD para “priorizar a saúde do bailarino”, mas achei fascinante quando a matéria completou que “se o motivo da preocupação é o bem-estar físico do bailarino, então por que os homens não são questionados sobre o quanto eles podem levantar ou fazer supino?”
E porque quis trazer isso a vocês, porque existe sim uma pressão estética dentro da dança no geral, mas infelizmente essa pressão assola muito as meninas a ponto de desenvolver transtornos alimentares como bulimia, anorexia e também ortorexia, não se limitando apenas a magreza, mas a busca desenfreada por estar “saudável” sendo que o peso na balança nunca é um parâmetro seguro para a individualidade delas.
Nem sempre a menina magra será a mais leve para o partner e nem sempre a mais gorda vai pesar na mão do bailarino porque as vezes o bailarino não tem esse suporte muscular, nem força de alavanca.
Até porque como sempre falo, quilos não quer dizer nada quando se tem massa magra e massa gorda, pois uma menina de 50kgs pode ter 30% de gordura corporal, como uma menina de 60kgs pode ter apenas 18%, então parem de se pautar em quilos, parem de expor outros bailarinos baseados no que o espelho mostra.
A estética do ballet existe, mas não pela magreza, mas sim pelas linhas e técnica bem desenvolvida!!
Falei brincando que vou iniciar uma campanha sobre Bailarinas Midsize (aquelas que não são nem gordas, nem magra padrão), então deixa as bailarinas midsize dançar!!! #bailarinamidsize
Ass: Tamires Reis
Profissional de Educação Física - Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
CREF: 154495- G/SP / DRT: 34.021
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