Imagina a cena: você está começando a aula num dia frio e sente que seu joelho está estalando de uma forma estranha. Logo você para o exercício ou dá aquela sacudida de "acorda joelho, bora esquentar". O dia passa e na aula seguinte, você sente que a dor ainda está ali.. "Deve ser o frio. Vou por uma lã e aquecer direitinho pq já já passa". Uma semana passa e aí você percebe que realmente tem algo estranho... "Acho que dei algum jeito, vou repousar e não fazer os exercícios que pegam a região que ta tudo certo!" Então o professor direciona essa pausa para que o aluno não piore da dor que esta sentindo, mas muitas vezes não entende o que aconteceu com o aluno (porque o próprio aluno ainda não tem o dominio do seu corpo e não sabe descrever a dor - o que é normal) e também porque não entende totalmente a biomecanica do movimento da dança aplicada NAQUELE aluno especificamente, e ok, temos muito que aprender como professores. O grande desafio é que mesmo depois de alguns dias de repouso, o aluno volta - sem a dor - e repete o padrão de movimento, causando o retorno da dor, ou seja, não adianta simplesmente repousar para passar a dor, é preciso que busquemos a origem da dor para que não evolua para uma lesão. Ou seja, se você estiver sentindo uma dor que não passa, não adianta só repousar, é preciso analisar a região afetada e observar qual o movimento que intensifica essa dor. Dependendo do nível de dor, alguns manejos e exercícios podem aliviar e prevenir o retorno dessa dor, assim como pode inclusive melhorar a execução do exercício que você sentia. Você já sentiu esse tipo de desconforto? Eu mesma senti meu posterior me xingar na última semana e com alguns exercícios e pesquisas, percebi onde estava minhas compensações e "corrigi" meus alinhamentos nas aulas.
Ass: Tamires Reis
Profissional de Educação Física - Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
CREF: 154495- G/SP / DRT: 34.021
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