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Foto do escritorTamires Reis

Lesões sofridas na dança são mais frequentes que em outros esportes.


Isso foi uma afirmação de uma pesquisa realizada pela Universidade Wolverhampton que ainda constatou que 80% desses bailarinos, ainda sofrerão traumas que podem afetar sua vida profissional na dança. Infelizmente isso acontece porque os bailarinos ainda acreditam que "dançar e ensaiar com dor, faz parte". Só que esse tipo de pensamento faz com que a "vida útil" do bailarino seja muito menor e por isso que encontramos muitos deles já operados e afastados dos cargos com menos de 30 anos, e também com lesões crônicas que são irreversíveis. Desde a minha época da faculdade já venho buscando desenvolver uma linha de pensamento para melhorar a "vida útil" do bailarino e confesso que é bem dificil, porque lidar com o pensamento de que "é normal sentir dor", ou até mesmo "se não tá doendo, ta errado" é bem desafiador, já que crescemos ouvindo isso. Mas, se tratando de saúde e alta performance, é extrema importância analisar o conjunto de fatores que levam essa bailarino a perda de desempenho e também um olhar crítico ao sistema de aulas e organização de agendas, que muitas vezes levam a exaustão em plena semana pré temporada. Analisando como Personal Trainer, é extremamente valioso ter um olhar mais clínico aos corpos que lidamos, visto que, um elenco (por mais homogêneo), nunca será identico, pois cada um ali, tem sua peculiaridade, tem sua limitaçao e tem também sua facilidade, então vai dos diretores e coreógrafos observar se o volume de ensaios e as atividades propostas irão de fato contribuir para a saúde fisica do bailarino ou se vão simplesmente compor a parte estética do espetáculo. Porém, esse é um pensamento bem desafiador de lidar, então convém a cada bailarino respeitar as suas limitações, ser franco consigo mesmo e buscar ajuda complementar a essas "falhas", seja por meio de (em casos de lesão) tratamentos fisioterapeuticos ou (de modo preventido) o fortalecimento muscular.


E é pra isso que estou aqui, para entender a individualidade do bailarino e traçar, junto a ele, objetivos que auxiliem não só na execução perfeita do movimento, mas PRIMEIRAMENTE, no trabalho muscular que será desenvolvido naquele movimento sem que haja problemas futuros de lesões por estresse e fraturas por traumas.


Ass: Tamires Reis

Profissional de Educação Física - Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

CREF: 154495- G/SP / DRT: 34.021

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