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Foto do escritorTamires Reis

Flex não é tudo na dança.


Você é daquelas que vive reclamando que não tem flexibilidade pro ballet? Já conversei com muitas bailarinas (principalmente as iniciantes) que se sentem frustradas por não ter a flex desejada ou não estar zerando a abertura.


Eu sei que a visão que as pessoas tem de grand jetés zerados e saut de cheval negativado enchem os olhos, mas a dança é mais do que isso, até porque pra ter tudo isso, você também precisa de força e resistência pra executar todos os outros passos.


Queria vir aqui acalmar o coração de vocês e dizer que zerar abertura não determina se sua técnica é boa ou não, ela é apenas uma das capacidades físicas que podem ser desenvolvidas na dança.


Boa técnica e bom desenvolvimento no ballet é criado com limpeza dos movimentos, força, resistência, agilidade e delicadeza das linhas que não necessariamente dependem de flex.


Um bom exemplo disso, são bailarinas que tem um belo de um arabesque 90 graus que é melhor encaixado do que a menina que faz um “penché besque” desencaixado.


Então se você é bailarina adulta iniciante ou inter que está se sentindo frustrada por não ter flexibilidade, pense que a flex é consequência de uma boa técnica e alongamento, mas que você pode e deve trabalhar outros elementos da aula. Busque resistência, trabalhe força, cuide de finalizações e preste atenção nos alinhamentos.


Ser uma boa bailarina não depende de ter um espacate zerado!


Ass: Tamires Reis

Profissional de Educação Física - Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

CREF: 154495- G/SP / DRT: 34.021

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