Me peguei olhando as fotos da bailarina Alessandra Tognoloni (solista do Ballet de Monte Carlo) e me peguei pensando no quanto ainda existem pessoas que acreditam que no ballet
"Sem dor não há ganho"
Entendo que quando lidamos com alta performance e bailarinos profissionais que possuem rotinas malucas de mais de 5 espetáculos por semana, é entendível que aconteça muitas dores musculares pelo esforço.
Mas dizer que isso PRECISA acontecer para que haja um ganho, eu discordo, já que hoje em dia temos alta tecnologia e estudos que procuram melhorar a rotina e saúde do bailarino.
Falo isso, pq hoje temos o Fitting (e no Brasil temos a Laura Burity do Blog Nas Pontas e a Ma Ballet do Ma Ballet Shop que realizam esse serviço) com a finalidade de procurar encontrar a sapatilha mais funcional e confortável para a aluna.
Então quando vejo essa foto da Alessandra, duas coisas me ocorrem...
Primeiro que a fita está extremamente apertada e a longo prazo, pode prejudicar muito a circulação sanguínea dela, já que o retorno venoso está prejudicado. Fora que ela não consigo entender como ela ainda tem forças depois de tanto tempo de restrição da passagem de sangue no local.
E o segundo ponto é que ainda há uma romantização da dor na dança e que ainda existem bailarinos que acreditam fielmente que sem um grande esforço, sem dar o sangue, a dança não acontece, ou acontece pela metade.
O que na minha opinião é bem triste, porque se existem tantos meios de buscar melhora na qualidade de vida, porque insistir em um pensamento que já caiu por terra?
O que você pensa sobre essa imagem?
Ass: Tamires Reis
Profissional de Educação Física - Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
CREF: 154495- G/SP / DRT: 34.021
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