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Foto do escritorTamires Reis

Como a ciência salva bailarinos!


Uma matéria de 2018 do jornal The Guardian, trouxe o panorama de como a dança tem se fundido com as ciências da saúde e quais os benefícios disso, através de pesquisas diretas com o Royal Ballet.


Uma equipe de 17 especialistas da ciência do esporte e especialistas em saúde, atuam de forma inter e multidisciplinar no entendimento do funcionamento do metabolismo dos bailarinos, bem como no cuidado da carreira deles através de acompanhamento.


Até porque, a matéria relata que os bailarinos da cia, enfrentam aulas de 75 minutos que se somam a 5 a 6 horas de ensaios todos os dias por seis dias por semana e geralmente com 3 a 4 espetáculos por semana. Diante disso, os pesquisadores claramente, se preocupam com as incidências de lesões e alto rendimento.


E falando da minha área de atuação, que é o esporte, não pude deixar de evidenciar a aplicabilidade de analises que já vem do esporte, no âmbito da dança, como analises eletromiograficas (EMG), testes de aptidão cardiorrespiratória com analisador de gases, e monitoramento de cargas internas e externas.


Os estudiosos estão desde então procurando “quantificar o ballet” para poder entender melhor: “Quais são os requisitos físicos dos bailarinos? Quantos saltos eles farão? Quais são os seus intervalos de descanso?”


A matéria diz que a maior mudança na rotina dos bailarinos após o centro de pesquisa começar a atuar em conjunto, é o treinamento de força já que “Isso ajuda os bailarinos a atenuar as forças de aterrissagem e a evitar lesões musculares. Mas o agachamento também influencia a altura e o equilíbrio do salto, o que ajuda a criar a adesão dos dançarinos.” 


Mas claramente, houve um período de negação no início, em que eles precisaram “convencer e persuadir” os bailarinos já que muitos ainda viam a dança apenas como arte. Só que posteriormente, quando estes começaram a saltar mais e aterrissarem com mais leveza e controle, obviamente perceberam que a plasticidade do movimento foi muito melhor.


Ou seja, desde 2018, o futuro da dança se encontra nas ciências da saúde e do esporte, na aplicabilidade e inclusão de profissionais que já entendem sobre alto rendimento, mas claramente o Brasil ainda não está preparado para essa conversa já que em pleno 2023, ainda encontramos barreiras de que a musculação e o treino de força ministrados por profissionais de educação física é algo como uma “invasão a arte”.



Ass: Tamires Reis

Profissional de Educação Física - Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

CREF: 154495- G/SP / DRT: 34.021

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