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Foto do escritorTamires Reis

Cias de dança podem economizar dinheiro com a preparação física.

Vocês sabiam que já temos 30 anos de estudos em relação aos treinos complementares?


Esses dias eu estava lendo o artigo chamado “The Impact of Dance-Specific Neuromuscular Conditioning and Injury Prevention Training on Motor Control, Stability, Balance, Function and Injury in Professional Ballet Dancers: A Mixed-Methods Quasi-Experimental Study” de 2021 que levantou um panorama incrível sobre o quanto os treinos complementares podem beneficiar os bailarinos e as cias de dança tbm.


Quem pesquisa sobre dança já sabe que os índices de lesões são muito altos, e que os movimentos repetitivos em excesso são responsáveis pelos 65% das lesões principalmente de lombar, pé e tornozelo.


Só que o que ainda não ficou claro, principalmente com as cias de dança, é que essas lesões criam um peso gigante tanto na vida dos bailarinos quanto nas FINANÇAS de uma cia, porque sustentar um bailarino lesionado desencadeia custos médicos e custos empregatícios tbm com suspensões de contratos ou custos de novas contratações prematuras.


Quando falamos de prevenção na dança, não é só a lesão pela lesão, tem todo um sistema envolvido, até porque quando um lesiona, você precisa substitui-lo rápido e isso pode gerar lesões em cadeia com outros membros da cia comprometendo um elenco inteiro na temporada.


Então esse estudo foi muito importante para levantar mais uma vez a bandeira sobre os treinos complementares, enfatizando que existe sim melhora em vários aspectos, mas que é preciso de fato criar um protocolo, porque quando se lê sobre ciência na dança, existem os trabalhos dizendo que os treinos são importantes, mas não existe de fato uma linha de trabalho que auxilie na saúde e carreira do bailarino.


Isso faz com que os próprios bailarinos continuem desistindo dessas pesquisas e intervenções e continuem evitando os treinos de força e agilidade por conta da crença de que a hipertrofia muscular pode atrapalhar na aparência estética.


O trabalho por fim sugere que programas de treinamento sejam de fato planejados, mas que não tenham fim, já que há perda dos ganhos físicos quando o projeto é interrompido como foi o caso dessa intervenção que durou 4 meses.


A ciência do esporte precisa andar lado a lado com a dança de forma definitiva para poder gerar resultados positivos nos aspectos de saúde, assim como os aspectos financeiros também!


Ass: Tamires Reis

Profissional de Educação Física - Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

CREF: 154495- G/SP / DRT: 34.021

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